sexta-feira, 11 de maio de 2012

Eike Batista investe em eventos e adquire 50% do megafestival Rock in Rio

Eike Batista - Caricatura de Amarildo.


O homem mais rico do Brasil, que por mais de 20 anos vem colecionando sucessos impressionantes na implantação de megaprojetos industriais na área da mineração e, mais recentemente, na exploração e produção de petróleo, acaba de dar os primeiros passos para o que poderia se tornar a sua entrada triunfal no mercado de eventos.

Eike Batista anunciou hoje que uma das suas companhias, a IMX, adquiriu 50% das ações do Rock in Rio. O objetivo seria permitir o crescimento da marca e fazer chegar esse festival a outros países da América Latina, América do Norte e Asia. Como parte do projeto de marketing já estaria sendo avaliado o lançamento de novos produtos associados, inclusive linhas de roupas.

Para Eike Batista, a nova iniciativa forma parte de uma conceição que ele denomina de "visão 360º", onde são concebidos projetos interligados que vão além do objeto central de qualquer empreendimento, adentrando-se em outros setores como cultura, lazer ou meio ambiente. Estes últimos, além de serem também potenciais fontes de lucro, possibilitariam beneficiar as populações das regiões onde são realizados os principais empreendimentos do seu grupo empresarial.

O anúncio de hoje deverá gerar expectativas interessantes no mercado de eventos no Brasil, devido à tradicional carência de recursos destinados a esse setor. O esperança de muitos é que a  iniciativa do bilionário brasileiro motive outros importantes empresários a investirem no setor. A próxima edição do Rock in Rio no Brasil está prevista para o mês de setembro de 2013, e o mega-evento já contaria com patrocínio de mais de R$ 100 milhões.

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Para conhecer mais sobre a trajetória e a visão desse importante empreendedor brasileiro, consulte o livro "Eike Batista, o X da questão", publicado pela Editora Sexante, Rio de Janeiro, 2011.

4 comentários:

  1. Tomara que a iniciativa incentive mesmo outros grandes, médios e pequenos empresários brasileiros a investir em eventos, cultura, lazer, meio ambiente e educação. Seria muito importante.

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    1. Não creio que devamos esperar que a atitude do Eike Batista termine gerando um "boom" de interesse empresarial pelo setor de eventos no Brasil, mas penso que deverá despertar ao menos certa curiosidade entre alguns empresários brasileiros. Bem ou mal, o Eike não estaria investindo da forma como o fez se não estivesse enxergando algum tipo de retorno nesse investimento, seja ele direto ou indireto.

      Mas resta identificar se a possibilidade de retorno que ele identificou foi no setor de eventos como um todo ou apenas no Rock in Rio. E resta ainda saber se finalmente ele terá o retorno que espera, pois como ele muito bem explica no livro "O X da questão" (que acabei de ler), mesmo tendo acertado a maioria das vezes em que arriscou um empreendimento, não poucas vezes ele também errou nas suas previsões e se viu obrigado a recuar. Faz parte do arriscado mundo dos negócios.

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  2. Na minha humilde opinião eu acho que quem entra neste ramo sabe que vai se arriscar e muito, todo empreendimento é um risco e nós que estamos neste meio estamos acostumados a isto. Que seja uma boa oportunidade para mostrar que eventos é um filão no mercado brasileiro.

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    1. Concordo, Daniela, com a tua "nada humilde" opinião, pois é muito pertinente, por sinal, e muito bem-vinda. Apenas insisto no fato real de que o Eike, de quem acabei de ler o livro "O X da questão", parece ser um empreendedor de uma visão muito ampla, ou como ele mesmo explica, de uma "visão 360º", e existe sim a possibilidade de que ele não esteja enxergando necessariamente lucros diretos no setor de eventos e sim um complemento de marketing para alavancar os seus mega-empreendimentos na mineração e na produção de petróleo, vários destes últimos precisamente no Rio de Janeiro.

      Mas mesmo nesse caso, de que se trate de um retorno "indireto", não deixa de se apresentar como uma referência interessante para outros grandes empresários brasileiros que poderiam também seguir o exemplo do Eike. No final das contas, lucros "indiretos" são tão interessantes quanto os diretos. E o importante é que o passo significativo foi dado. Vamos acompanhar e ver, nos próximos meses, a reação do mercado.

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